Reduzindo o ciclo de vida do seu produto

Uma nova forma de aumentar seus lucros. SEM AUMENTAR PREÇOS e SEM CORRER ATRÁS DE NOVOS CLIENTES

"A violência é tão fascinante

E nossas vidas são tão normais"

~ Renato Russo - Baader-Meinhof Blues

Há uns meses atrás, talvez até um ano, eu vi uma propaganda no TikTok com a seguinte narrativa

"Por que você compra um celular de 6 mil reais e usa uma capinha vagabunda de 20 conto pra proteger ele?"

O anúncio se estendia, falando de uma capinha de vidro, que imita a traseira do iPhone e dá um ar maior de elegância para o celular.

E bomm... digamos que eu virei cliente:

Só que, da mesma forma que não usar uma capinha é um perigo, porque você pode quebrar o celular...

Usar uma de vidro acarreta no perigo de eu quebrá-la toda hora.

E quando eu falo toda hora, é TODA HORA.

(foto tirada do meu insta)

Seja por ser desastrado, seja por bater muito forte em algum lugar... uma hora ela começa a rachar.

Então o que eu faço?

Compro outra.

E outra...

E outra...

E outra...

Até não poder mais.

Porque eu gosto de usar essa capinha, então vou continuar comprando.

Aí que entramos num conceito chamado CLTV, ou "Customer Lifetime Value"

Ou seja, o quanto o seu consumidor gasta contigo durante toda sua vida.

Uma capinha comum, eu pagaria sei lá, 40 reais numa feirinha aqui do lado e usaria por no mínimo 1 ano.

Ou seja, nesse caso, 1 ano de Victor vale 40 reais para a empresa.

Agora, essa de vidro, eu acho que quebro uma a cada 3 meses.

Ou seja, em 1 ano, gasto R$ 120,00 x 4 = R$ 480,00

Um produto 3x mais caro e com ciclo de compra 4x mais curto acarreta em um faturamento anual 12 vezes maior por cliente.

E aqui que está o ponto.

Quando uma empresa precisa aumentar seu faturamento, os dois clichês sempre são:

- Aumentar o preço

- Ou aumentar a base de clientes

(E algumas vezes, expandir o portfólio de produtos)

Quando na verdade, há muitas outras maneiras de lucrar.

E um dos mais fáceis é justamente pensar em formas de reduzir o tempo de ciclo de compra para aumentar o CLTV do seu cliente.

Alguns outros exemplos práticos

A Apple faz melhorias contínuas no software de seus aparelhos até que o hardware não suporte mais e você tenha que comprar outro celular (entre outras estratégias mais correlatas ao marketing emocional).

A Colgate aumentou o buraquinho da pasta de dente para que você gaste mais pasta e tenha que ir no supermercado de novo comprar mais.

Carros, por sua natureza, têm que ser trocados uma hora ou outra, pois perdem autonomia.

E bom, se pensar em mais algum exemplo, só deixar nos comentários lá embaixo.

Mas tem uma empresa que você com certeza conhece que SE F#DEU porque não pensou nisso

É o caso da Tupperware.

Mano, a Tupperware é sensacional.

É barato, todo mundo tem de monte, é boa pra caramba...

Pô, ela é sensacional.

Ela até se tornou metonímia, assim como Nutella, Bombril, Gilette...

Não é qualquer empresa que consegue fazer isso.

Só que Bombril, Nutella e Gilette, você precisa comprar sempre.

Mas Tupperware não.

Ela não quebra, até porque é de plástico.

Então demora muito para você voltar a comprar.

E esse foi um dos motivos para isso:

Simplesmente à beira da falência...

Conclusão

Se você quer ter um negócio sustentável, tem que pensar fora da caixa para fazer eles continuarem comprando de você sempre.

Marketing não é só sobre comunicação, é sobre produto.

E se você, na hora de desenvolvê-lo, pensar apenas em ROI e não levar em conta o CLTV...

Ele NUNCA será sustentável a longo prazo.

Entenda, assim como a gente, toda empresa nasce para um dia morrer.

A questão é: você quer que ela viva anos ou décadas?

Tamo junto,

Victor

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